Estudante de Licenciatura em Artes Visuais da FaV é indicada para prêmio nacional do CNPq
Maria Angélica Soares, 23 anos, se inspirou no modo de vida contemporâneo para tornar a arte mais acessível à sociedade
Texto: Renato Cirino
A estudante do curso de Licenciatura em Artes Visuais da Faculdade de Artes Visuais (FAV), Maria Angélica Soares, foi indicada pela Pró-reitoria de Pesquisa e Inovação (PRPI) para concorrer à 17ª edição do Prêmio Destaque na Iniciação Científica e Tecnológica promovido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) na categoria Ciências Humanas e Sociais, Letras e Artes.
O prêmio é realizado em caráter nacional e reúne bolsistas vinculados ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) e ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI). A premiação consiste em uma quantia em dinheiro de R$ 7.000,00 (sete mil reais), uma bolsa de mestrado ou doutorado a serem cumpridos no país e uma passagem aérea e hospedagem para permitir a participação dos agraciados na 72ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a ser realizada em julho de 2020.
A indicação ao prêmio do CNPq é “gratificante” pois, “dá uma sensação de retorno da bolsa para a população, até porque é uma forma de devolver para a sociedade o que foi investido em mim na universidade”, comemora a estudante. Ela ainda dá um recado para os estudantes que ingressaram recentemente na universidade: “já procurem os professores e professoras que tenham projetos de seus interesses. Proponham projetos, participem”, finaliza.
Maria Angélica que é natural de Caturaí-GO, aproximadamente 60 km de Goiânia, baseou-se em suas memórias e experiências relacionadas às áreas de educação e ensino de artes visuais para conceber o projeto Cultura Digital e o ensino de arte: autonomia do sujeito que aprende por meio de mídias ativas. Orientada pela Prof.ª Dr.ª Alice Fátima Martins (FAV), a discente afirma que o projeto busca “dar autonomia para os indivíduos [professores e/ou estudantes] em relação aos estudos e vivências artísticas” suprindo uma demanda que não está restrita aos livros didáticos. “Com o aplicativo que estamos desenvolvendo, [a pessoa/o usuário] poderá chegar aos locais de arte e cultura em Goiânia criando um mapa de manifestações de artísticas-culturais”, complementa.
A vida de Maria Angélica no interior do Estado de Goiás, o interesse por tecnologia e ensino de artes, bem como o difícil acesso aos sítios de realizações artísticas e culturais, foram os elementos que possibilitaram a idealização e consequentemente a execução do projeto de iniciação em desenvolvimento tecnológico e inovação pela estudante. Assim, no segundo semestre de 2018, ela iniciou o projeto com a intenção de mapear as necessidades da sociedade goianiense, com ênfase nos professores e estudantes do Ensino Básico, em relação às práticas e às teorias do ensino de artes. Para tal, ela deu ênfase ao desenvolvimento de um aplicativo, ao se considerar o uso massivo de dispositivos móveis – celulares, smartphones, tablets – enquanto mediadores nesse processo. “Nem todo mundo tem computador, mas os celulares em relação aos computadores são mais acessíveis”, afirma a discente.
Em parceria com Rafael Rodrigues Glay, graduado em Sistemas de Informação pelo Instituto Federal de Goiás (IFG), o aplicativo está em período de desenvolvimento com projeção de ser disponibilizado ao público até o final deste primeiro semestre de 2020. Inicialmente, o app estará disponível somente para os dispositivos com sistema operacional Android, mas há a previsão para dispositivos com sistema iOS.
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