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pesquisaFAV | Têxteis arqueológicos no Brasil

Por Renato Cirino. Em 08/10/21 16:02. Atualizada em 15/05/23 13:45.

Conheça o trabalho da discente Sarah Victória Marques Ribeiro que foi premiado e reconhecido pela UFG

A Faculdade de Artes Visuais (FAV) atua em todas as frentes de pesquisa dentro da UFG nos contextos da pós-graduação e da graduação. Na graduação, os discentes e os docentes da unidade desenvolvem projetos no Programa de Iniciação à Pesquisa das Licenciaturas (PROLICEN) e no Programa de Iniciação à Pesquisa Científica, Tecnológica e em Inovação (PIP | PIBIC, PIBID e PIBIT).

No ano de 2020 a estudante Sarah Victória Marques Ribeiro, que cursa o sétimo período do Curso de Design de Moda, por meio de seu trabalho Têxteis arqueológicos no Brasil, obteve o 2º lugar na categoria LINGUÍSTICA, LETRAS E ARTES do XVIII Prêmio de Iniciação Científica e VIII Prêmio de Iniciação Tecnológica 2020.

O trabalho que é orientado pela Profª Drª Rita Morais de Andrade, lotada na FAV, teve por objetivo evidenciar o Estado da Arte dos estudos de têxteis arqueológicos no Brasil. Dessa forma, a discente pôde enfatizar a importância desses estudos no resgate da história têxtil brasileira e também atualizá-la.

Apesar do prêmio ser ofertado individualmente, Sarah expressa seus sentimentos sobre essa conquista contando que é "gratificante ver tanto esforço e dedicação serem reconhecidos, ainda mais sendo para o curso de Design de Moda." Nesse sentido, ela complementa que é "muito grata pela orientação e investimento da Profª Rita, pelas trocas no grupo de pesquisa que participo". A Profª Rita reforça a atuação coletiva em processos de pesquisa ao explanar que "O trabalho de orientação envolve muitas coisas, inclusive a colaboração da equipe do Grupo de Pesquisa Indumenta, do qual a Sarah faz parte. Essa é uma conquista de uma construção de grupo e da dedicação da Sarah".

Contudo, o reconhecimento sobre a importância social do trabalho de Sarah Victória não ficou só no prêmio de Iniciação Científica, Tecnológica e em Inovação. A estudante também foi agraciada com o Certificado de Reconhecimento do CONSUNI 2020 que, segundo a universidade é "entregue para pessoas da comunidade universitária (docentes, discentes e técnicos-administrativos) que se destacaram em atividades relacionadas ao ensino, pesquisa, extensão, cultura, esporte e inovação tecnológica". Por causa do cenário de pandemia ocasionado pelo coronavírus, COVID-19, o evento de entrega foi realizado no dia 30 de setembro de 2021.

Na ocasião , a Profª Drª Rita Morais de Andrade, orientadora da referida pesquisadora, expressou seus sentimentos sobre essa conquista "uma alegria e satisfação imensas", disse. Ao ser questionada sobre a importância desse reconhecimento para a área do Design de Moda, Profª Rita afirma que esse é apenas "o começo" pois, "há muito a desenvolver para que o campo de pesquisa avance".

 

A pesquisa Têxteis Arqueológicos no Brasil*

A pesquisa intitulada Têxteis Arqueológicos no Brasil foi desenvolvida durante os anos de 2019 e 2020 sob a orientação da Profa. Dra. Rita Morais de Andrade. O trabalho aborda a presença de têxteis arqueológicos no Brasil com objetivos de fazer o levantamento de referências relacionadas ao tema e identificar as principais características desses materiais presentes na literatura selecionada. Apresenta a influência das fibras e do solo para a conservação e preservação desses têxteis arqueológicos nos sítios em que se encontram. Aborda as problemáticas da sobrevivência do objeto de estudo e da falta de interesse em pesquisá-lo por parte da comunidade arqueológica. E ao final teve como resultados o levantamento de uma referência bibliográfica sobre têxteis arqueológicos no país e outra que apresentava as contribuições da ciência forense para a análise dos fatores que influenciam na sobrevivência dos têxteis em sítios arqueológicos.

 

O papel da Iniciação Científica na vida discente

Uma das características basilares da produção científica nas Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) é o seu papel social. Junto com os outros pilares das universidades, ensino e extensão, a pesquisa deve, necessariamente, transformar as múltiplas realidades nas quais as pessoas estão inseridas buscando problematizar, refletir e compartilhar o conhecimento por ela produzida. Entretanto, mais do que permear a sociedade, a pesquisa deve também afetar quem a realiza.

Ao ser questionada sobre como a Iniciação Científica (IC) impactou a sua vida, Sarah Victória prontamente respondeu:

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A experiência no Programa de Iniciação à Pesquisa impactou na minha vida profissional me ensinando a estar mais atenta às formas de pesquisar, como escrever um trabalho acadêmico, a ser mais curiosa sobre o processo de pesquisa de outros profissionais e também procurar saber como esses trabalhos retornam para a sociedade, como informá-los com uma linguagem acessível. Foi muito interessante perceber a dimensão de como a moda é multidisciplinar. Aprendemos isso no curso, mas ver isso se desenvolvendo em um trabalho com áreas que nunca tinha imaginado foi bem singular. E na vida pessoal me ensinou a ser mais paciente ao esperar algo se desenvolver. Houve dias em que a escrita não fluía da maneira que eu desejava, então precisei “esperar o texto descansar”, como me ensinou a minha orientadora.

 

A Profª Rita Andrade sugeriu aos e às estudantes que desejam fazer parte da frente de pesquisa científica universitária que "frequentem eventos, aulas e ações de pesquisa e extensão da UFG. Conheça a sua universidade, saiba dos serviços gratuitos de formação e participe!". Ela também aponta como possibilidade o contato com os docentes já que os e às discentes "tem muito a oferecer". Já a dica da Sarah Victória para outros estudantes que desejam participar de programas como o PIBIC, PIBID, PIBIT e Prolicen consiste em

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Sempre que possível, procure por docentes da sua unidade que tenham projetos, ouça quando pesquisadores compartilharem sobre os seus estudos e envolva-se em grupos de pesquisa. Participe de coração aberto e curta o processo também. É satisfatório ver o projeto tomando forma e a pesquisa vai te amadurecer tanto para a sua caminhada acadêmica quanto para a vida. Se você tiver a oportunidade, aproveite! Faz parte de vivenciar a universidade e é algo que você vai se orgulhar de ter participado e de poder compartilhar com outras pessoas o conhecimento que adquiriu.

 

Entre todas as possibilidades permitidas pela prática da atividade em Iniciação Científica, uma característica se sobressai tanto na fala de quem orienta quanto na fala de quem é orientado: a IC é certamente algo que pode mudar a sua vida, além contribuir com uma experiência universitária mais rica e diversificada.

 

O XVIII Prêmio de Iniciação Científica e VIII Prêmio de Iniciação Tecnológica 2020

Desde 2003 a UFG premia estudantes, orientadoras e orientadores que se destacam no Programa de Iniciação à Pesquisa Científica, Tecnológica e em Inovação (PIP-PRPI/UFG) da instituição considerando a relevância e qualidade da pesquisa desenvolvida.

Além da concessão de um certificado de reconhecimento aos envolvidos, os trabalhos também constarão no livro Melhores Trabalhos de Iniciação Científica possibilitado pela Pro-reitoria de Pesquisa e Inovação.

 

Informações adicionais sobre o trabalho

16ª Edição do Colóquio de Moda - 2021- IC - Moda, Cultura e Historicidade: histórias e modos de vestir invisíveis e excluídos - Dia 3

III Seminário Indumenta - 2020

 

Texto: Comunica FAV!

*Com informações de Sarah Victória Marques Ribeiro

 

pesquisaFAV é uma série textual com foco nos processos de pesquisa do cotidiano da FAV com o objetivo de popularizar a produção científica por meio de linguagem simples e acessível.

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