
Então é Natal
Assim como o clássico natalino da cantora Simone, a FAV deseja votos de amor e felicidade, e, também, de força, resistência e resiliência
“Então é Natal, e o que você fez?” Seu vídeo travou, tente outra vez. Desde que o hit musical que dá título a este texto foi lançado, em 1995, as Tecnologias da Informação (TICs) evoluíram a passos largos e, com elas, a nossa sociedade. Contudo, um alerta: para quem pensa que evoluir é sinônimo de positividade, lembre-se que doença também evolui.
Por isso, não há como desconsiderar o quanto nossa vida mudou desde que entramos em Estado de Calamidade Pública por causa do SarS-CoV-2. Um organismo que nem pode ser considerado um ser vivo, alterou drasticamente a forma como nos relacionamos.
Nós sabemos que não tem sido fácil. Contudo, nessa época em que os cristão comemoram o nascimento de Cristo, os judeus o Hanukah, os hindus a Festa das Luzes e umbandistas agradecem a Oxalá, nós temos que comemorar a nossa força, resistência e resiliência.
Força para exercer a alteridade e empatia para com as pessoas. Em momentos de negacionismo científico, desrespeito ao direito coletivo à vida e de desmantelamento da Educação, é imprescindível que tenhamos força para compreender a(o) outra(o) e elaborar estratégias de enfrentamento que resguardem a nossa saúde mental e emocional.
Resistência para seguirmos juntos e juntas nessa jornada. O isolamento e o distanciamento social trouxeram segurança quando não sabíamos muito sobre a pandemia. Porém, hoje sabemos que devemos estar juntos – com segurança – para fortalecer a rede de cuidados, atenção e solidariedade.
Resiliência para retomarmos o controle sobre quem somos. Com cenários inóspitos, nós fomos forçados a nos adaptar. Muitas pessoas não conseguiram. Outras conseguiram, mas a um alto custo. Por isso desejamos que tenhamos a capacidade de nos mantermos quem somos diante dos desafios diários que vivemos.
Ainda que não pareça, é possível comemorar. A possibilidade de errar e de fazer diferente. A premissa de ser quem somos. Comemorar, independente do credo, a nossa existência e, sobretudo, a existência dos outros. Comemore.
