Projeto de extensão da FAV é um dos destaques no Troféu Buritis

O projeto de extensão Deriva do Bem teve a sua 15ª edição realizada neste ano de 2023. Em dois dias de evento, aproximadamente 130 pessoas participaram das atividades que consistiram em um bate-papo e o exercício de reflexão crítica por meio de uma caminhada fotográfica no Setor Central de Goiânia.

Em realização desde 2010, a Deriva, como é chamada comumente por quem está envolvido, tem um público médio de 150 participantes e possibilitou a produção de mais de 2000 fotos e 500 depoimentos individuais com relatos de experiência. Agora, em 2023, o Conselho Municipal de Cultura reconheceu a importância do projeto para a área de arte e cultura goianiense.

A premiação procura gratificar aquelas iniciativas que, de alguma maneira, contribuíram para a cultura goianiense. A solenidade da 10ª edição do Troféu Buritis está prevista para o dia 05 de Julho, no Teatro Goiânia, às 19 horas, com entrada franca.

Na ocasião, o coordenador da iniciativa, Bráulio Vinícius Ferreira, diretor da Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás (FAV/UFG), será diplomado. A Deriva conta também com a liderança do arquiteto e urbanista Altillierme Carlo Pereira dos Santos, egresso da FAV.

Neste ano, o projeto aconteceu nos dias 23 e 24 de junho. Criada com o intuito de possibilitar um “mergulho” na capital, a Deriva promove um encontro entre os participantes do evento - os e as derivantes - com quem habita os espaços mergulhados. Dessa forma, são construídas novas memórias e o desenvolvimento do olhar sobre o espaço urbano e a expansão da consciência na relação corpo-cidade.

O embrião da Deriva do Bem surgiu enquanto disciplina optativa no curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Goiás (UEG), em 2008, quando Bráulio Vinícius lecionava na instituição. Contudo, para Bráulio, o formato mais sólido do evento só veio em 2010 e em 2012, com o ingresso do docente na FAV, ele virou um projeto de extensão da unidade.

Em geral, a ideia é convidar as pessoas para um passeio pela metrópole, mas observando-a com mais enfoque e cuidado. Nesse ano, trabalhou-se “o invisível” enquanto tema central, ao conferir visibilidade para aspectos e pessoas do cotidiano que muitas vezes passam despercebidos aos olhos dos transeuntes.