Galeria da FaV inaugura a exposição Geografias Sensíveis

Texto e fotos: Renato Cirino

A Galeria da Fav inaugurou ontem, 12 de março, a exposição artística Geografias Sensíveis. No ato de abertura estiveram presentes o Magnífico Reitor da UFG, Edward Madureira Brasil, a Pró-Reitora de Extensão e Cultura, Lucilene Maria de Sousa, o diretor da FAV, Bráulio Vinícius Ferreira, dois artistas com obras expostas, Rodrigo Freitas e Ronaldo Macedo Brandão e a comunidade universitária.

A exposição foi selecionada no Edital de Exposições 2020 da Galeria da FAV e é composta por seis obras que envolvem performance registrada em imagens, fotografias, pinturas, instalações sonoras e físicas. Os temas retratados consistem em reflexões sobre a vida contemporânea e a rede complexa de elementos simbólicos, físicos e geográficos presentes no cotidiano das pessoas ao redor do mundo.

Por exemplo, a obra Condomínio (2019), da artista Tatiana Ferraz, segundo o cátalogo da exposição, “foi inspirada na cultura moderna de viver em enclosures habitacionais que ainda persiste no mundo atual”. Várias gaiolas com animais presos em seus interiores constituem a obra representando os nichos habitacionais com ambientes cada vez mais reduzidos. Esses nichos são aglomerados de pequenos apartamentos e concentram um grande número de pessoas.

Já as obras dos artistas Rodrigo Freitas e Ronaldo Brandão, abordam questões relacionadas aos aparatos de vigilância e a fragilidade dos sujeitos expostos aos mecanismos violentos de controle fronteiriça, respectivamente. Com o título Target (2016-2017), o professor do Instituto de Artes (IARTE) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Rodrigo Freitas, transpõe para as telas de pintura a sua interpretação dos aparatos de vigilância e controle sobre a situação de refugiados vítimas de naufrágios quando em migração para a Europa em 2015. Assim, tratados pelas tecnologias geradoras de imagem enquanto "manchas", essas “minorias indesejáveis”, que estão “condenadas ao exílio do mundo” revelam a “incorporação e legitimação desses dispositivos de controle e vigilância que estão inseridos em nosso cotidiano”, diz.

O trabalho Corpo em Queda (2015) de Ronaldo Brandão, também professor do IARTE/UFU, consiste em um conjunto de cinco imagens impressas em papel retiradas de uma performance registrada em vídeo em Ceuta, na Espanha. Na ocasião, o artista se colocou diante de uma cerca onde ele expôs seu “corpo às fronteiras e nesse caso o meu corpo cai [no chão], já que é uma área de grande violência com muitos conflitos envolvendo morte”, relata.

A exposição estará aberta ao público até 08 de abril de 2020. A Galeria da FAV funciona de segunda a sexta-feira das 08h30 às 12h e das 13h às 17h. A entrada é gratuita.

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Catálogo da exposição: Geografias Sensíveis (PDF)

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Site: https://galeria.fav.ufg.br/

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